Espetacularmente: mídia.

Sempre com Você – Ana Cañas ♫♪
Depois de muito tempo, here i am.
Como estão pessoas? Eu estou completamente atarantada, num misto de preguiça, pensamento e muuuuuita instabilidade, ou seja, normal!
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Eu penso que sou a jornalista mais desinformada do planeta. Sou mesmo, não me pergunte, mas eu odeio jornal, PODE ISSO? é como a gente costuma dizer, se espremer sai sangue. Falando nisso, resolvi FINALMENTE publicar alguma coisa, e assim, com o massacre de Realengo, pensei em publicar o texto que escrevi numa prova de Sociologia da Comunicação, sobre a Sociedade do Espetáculo. Gostei de escrever esse texto porque gosto de temas que aguçam, e mesmo sendo essa uma teoria de anos atrás, continua perpétua no jornalismo.
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A Sociedade do Espetáculo é a tradução do consumismo de informação , uma vez que, ao noticiar tende ao exagero dos fatos, ou ao limite do freakshow.
O consumismo de informação provém, como de todo consumismo desenfreado, do capitalismo. A imprensa atual prende-se não mais a ‘’missão’’ segundo Bourdieu, mas sim ao números de exemplares vendidos neste mês ou semana, focando no imediatismo do leitor ou, quando na televisão, no índice de audiência e na repercussão do informado.
il_570xN.232424315_largeO espetáculo em si, é uma informação trabalhada, superproduzida e de impacto massivo. A escolha do objeto é calculada a modo de vender, e a visão muitas vezes é desfocada do objeto em sim, criando em torno uma série de novos significados ao objeto – levando a uma diminuição de quem acompanha, fazendo prevalecer a visão do jornalista, do meio comunicacional.
Um exemplo desse poder da mídia é a construção do caso Massacre de Realengo, o nome em si, o rótulo, já é uma característica midiática, um resultado direto da construção de personagens, dentro de uma (quase) novela onde todos e tudo é explorado diante o país e o mundo. Antes de se obter fatos concretos, ou mesmo de se confirmarem as suposições, a imprensa já apontava os motivos. Se por um lado a imprensa pode colaborar com as autoridades, fazendo-as não esquecerem do caso, pressionando, por outro, jornalista e ‘’especialistas’’ (etc.) que supostamente entendem do assunto podem interferir no resultado – às vezes mais lentos, porém mais seguros. No caso citado, quase não houve precipitação, pois o assassino matou-se, sem deixar para a mídia um roteiro a se escrever, já estava tudo pronto. A divulgação de vídeos e depoimentos, sem dúvida mostram a rapidez e poderio da imprensa, quando claro, lhe interessa.
21st_Century_Digital_Boys_by_vhm_alex_largeEssa indústria sensacionalista, segundo Bourdieu, mostra e esconde. Mostra, uma vez que, produz notícias que interessam a massa, superficialmente e rapidamente. Nada para fazer pensar. É um pensamento pronto, onde só se tem tempo de absorver. E esconde os assuntos primordiais, como o direcionamento de dinheiro público, as alternativas para a resolução de problemas de violência, educação. Ou seja, algo que faça o leitor/expectador formular uma opinião a respeito do assunto, resultado de um raciocínio seu, claro que influenciado pela informação, mas que ele tem a consciência de seu potencial em teorizar e participar de resolução de tal problemática.
O jornalismo vem se enquadrando cada vez mais ao sistema e se encarregando menos de sua missão: criar uma opinião pública informada, não alienada. A utopia de neutralização ao objeto, vem sendo menos perseguida pelos profissionais, causando dentre vários estragos, a tal Sociedade do Espetáculo, que sacia diariamente a fome de alienados e cria um senso comum mais que alterado; simplesmente manipulável e deturpado da realidade.
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Esse foi o texto, gostaram? me deu uma boa nota até, rs.
Então é isso.
                                                                                                                          nanapocket.

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