o acordar pra cidade,

Underneath Sycamore – Death Cab For Cutie

Tem um tempo que olhando pra trás, de maneira reflexiva, você percebe que vivia de maneira entorpecida, um piloto automático. Resolvi falar isso, porque achei que era só comigo.

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Precisamente acho que vivi entorpecida para Rio Branco, essa cidade que tem um jeitão diferente, suas “acrianidades” como costumo dizer. Perdi muita coisa, não sei se por culpa minha, ou por apenar não ter nunca grandes vínculos com essa terra, afinal, até hoje há na minha família uma “grande certeza” de que iremos embora.

Agora eu percebo que conhecer onde se vive vai muito além de andar pelo centro e saber que poronga é uma lanterna.

Onde estive todo esse tempo?

Jornalisticamente se tornou importante, cansei de não saber coisas como: o que são catraias, onde é o Riozinho do Rôla, a última alagação da Base, o som do Los Porongas, quem foi Chico Pop.

E no lado pessoal me incomoda não ficar por dentro de boas estórias daqui, muitas engraçadas, outras bem puxadas pras raízes (minhas também) nordestinas, com muita luta e sofrimento, coisas bem tupiniquins.

É uma das coisas que mais tem mudado desde novembro do ano passado, com mais intensidade esse ano e nem foi premeditado ou algo assim. Foi acontecendo, por ambas as necessidades.

Acordar pra cidade, conhecer o povo, tudo isso é bom como cidadã, te ajuda a entender porque certas coisas e manias do povo são como são. Conselho dado, espero que curtam mais Rio Branco e toda sua programação de Acrianidades.

- A propósito, Feliz Aniversário Porto Velho, minha terra que tenho um apreço especial, embora conheça pouco.

Foto: Eduardo Duarte.

                                                                                                 Nana

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