Tenho começado textos um atrás do outro, falando de coisas e pessoas, mas na verdade eu tenho pensado na mesma coisa durante dias, pensamentos não tão silenciosos quanto os de Porto Velho. Gosto de falar de amor porque diferente do que as pessoas deste século pensam e se fazem agir, ele não deve ser ignorado, deixado para depois da carreira, dinheiro ou política, até porque todas as motivações partem desse motor afetivo.
Lembro que falei (poucos posts atrás) da poça rasa do amor, e do mergulho que deve ser feito.
Deve?
Conheço uma moça que me disse uma vez que o amor era efêmero, uma palavra forte que significa algo tão ruim. E como eu estava amando loucamente e sendo correspondida odiei a ideia de um dia isso acabar, ué sempre tem que acabar? eu quis provar para a história que poderia ser diferente quando acabei sendo surpreendida.
Certas conclusões/opiniões eu não consigo formular com pressa e sem cautela. Essa é uma delas. Antes tinha dito que vale sim a pena, hoje continuo achando que PODE valer a pena mas é aquela: se vai terminar, precisamos começar? é quase como uma preguiça medonha, ou medo.
Vivendo o lado covarde da coisa.
Tudo que tenho, todas as certezas ou a falta delas, é limitada certa visão de tempo, restos de adolescência. Me agonia esse meu querer de querer mais, quero o depois e o amanhã. Ainda não sei viver de agora, até porque meu agora é muito recente, nem passado direito possuo, ainda nem tenho aquelas cicatrizes amarguradas que todo mundo que é velho (de espírito ou não) tem.
Fico acá com uma perspectiva menos surreal de amor. Mais chão. Uma hora vai dar errado, e é possível acreditar/viver nisso paralelamente ao “vai funcionar”. O que separa o começo do fim de um amor são as tentativas persistentes de dar certo.
Estou digerindo essas verdades.
P.S: Uma dose de Robert Capa, porque preciso de intensidade. “Ter fé e ver coragem no amor”.
4 comentários:
Ganhou apenas um + 1. Estamos em guerra, nada de desconstruções ou comentários. Ra-ta-ta-tá!
Lucas tú é muito mala cara, hahahaha. Que os jogos comecem...
Alguns teóricos consideram o Teatro como sendo uma arte efêmera, não pelo conceito mais conhecido, que é o que você usa aqui no post,mas pela ideia do "aqui agora"; que o Teatro só Acontece no momento oportuno que é no encontro entre palco e platéia.
Fico imaginando uma platéia de Amandas na porta antes do espetáculo, elas diriam: "não vou assistir à isso, no final vai acabar mesmo..."rsrsrsrs
:*
Alanovitch
hahahha, Alan é por ai mesmo. Mas no teatro a gente tem certeza que vai ter uma ligação forte entre os envolvidos.
Essas Amandas ai estão tentando comprar o ingresso pelo menos :)
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