O segredo está nos livros que eu nunca li, nos que você nunca me emprestou. Talvez esteja no lençol ainda intacto e nas embalagens lacradas sem nenhum brilho delator.
O mistério anda nas coisas insossas e nos toques automáticos que aconteceem assim, com a prerrogativa do tempo.
A segurança fica nas entrelinhas do aconchego. No desespero da saudade. No barulho do sono. No arranhar irritante de facas.
O medo vem na invasão de espaço, na frequência de pensamentos e na coincidência insana que o destino parece gostar de pregar.
O amor fica no espaço de segundos onde o pensamento percorre tudo que já disse e ainda assim, sobrevive à morte instantânea dos defeitos, das manhas e bobagens.
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