Não peço mais o combinado de sushi pra dois, porque estou sozinha.
Eu evito usar o solteira porque dá a impressão de disponibilidade para relacionamentos e o sozinha me serve tranquilamente. Não alterei meu status no Facebook, nem aumentei o decote pra sair à noite. Agora faço meu combinado no self-service mesmo e peço uma água mineral, um copo.
É diferente e no começo é ruim. Bem ruim. Sabe aquela frase “mas eu não consigo ficar sozinha”? pois é, evitava falar, mas um dia eu disse e me disseram que eu devia sentir vergonha daquilo. Não entendi, se eu sou uma pessoa que se relaciona fácil, devia me envergonhar de conseguir sair e entrar em relacionamentos com certa facilidade?
Dentre o bolo todo de amores cruzados (você não sabe), eu esquecia que uma peça importante estava cada vez mais longe. Essa peça era eu. Outro dia li que as pessoas se perdem por aí na esperança de nunca se encontrarem, evitando o choque de descobrir quem realmente são.
ai, que frase.
Ficar só é conflituoso, mas acho que primeiramente o que não entendia é que nunca estive só, mas sempre fui só. O tempo de refletir as ações que findaram os relacionamentos, as suas culpas e deslizes, é muito doloroso e necessário. E nisso tudo ainda dá pra descobrir os seus acertos e felicidades. Os novos sonhos e talvez a sua mente exploda, ou não. Talvez ela trabalhe mais à frente e te abra os olhos para novos caminhos.
Daqui pra frente sou eu e o sushi. E depois que eu acabo com ele, continuo, sola.
amor (próprio) é isso, então.
e eu estou aproveitando.
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