Alguns Monstros

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Eu nem lembro mais quantas vezes eu fiz, refiz e desfiz esse texto. Mas lembro que começava com algo relacionado aos meus passos para trás.

Eu dei um passo para trás recentemente, e assim que feito, duvidei se era o certo a se fazer, perdi noites de sono, e fiquei horas olhando pro nada, aquela velha estória de andar com a cabeça nas nuvens ou olhar pro vazio.Quando digo que retornei em algo, digo que tive uma atitude que me fez retornar a dilemas amorosos antigos, coisas que por opção eu poderia ter deixado morrer, mas convenhamos, a Nana aqui não deixa nada assim tão fácil.

No final, depois de algumas conclusões solitárias, percebi que foi errado. Não me culpo por isso agora, tive vontade e fiz (eu e os meus surtos de coragem), porém, sei que algo que me fez me desmontar toda, devia no mínimo me ser vantajoso e fazer bem, pois no meu caso é sempre complicado lidar com orgulho e solidão.

(prazer, os dois monstros da Amanda)

Não tenho orgulho, isso é muito sério. Volto atrás quantas vezes forem necessárias quando quero fazer dar certo, sempre quero. Não tenho certeza se isso significa falta de amor próprio, acho que não.

Não consigo me manter sozinha, não consigo encarar o meu lado desprezível por muito tempo, sem mais.

A equação fica mais ou menos assim:

{volta atrás} x (+não ter orgulho) - [ter saudade] 2

Até aí tudo bem, a não ser o fato de ainda não se entender a própria equação criada. Conversando com um amigo, contei o novo/antigo fardo de se apaixonar e sentir que está tudo fora de ordem nessas “coisas do coração”, ele disse – sabiamente – que o que acontece é que em alguns relacionamentos, as pessoas não se descobrem como deveriam, se anulam e que quando o ciclo natural de separação acontece, simplesmente sobra você e você mesmo. Quando não nos conhecemos de verdade, ficamos ali, no meio do caminho… entre a pessoa (já não tão) amada e o seu antigo eu. Sem ter na verdade, nenhum. Eu não tinha nenhuma parte, eu só quis parar ali naquele caminho, ou melhor, continuar voltando pro meu (já não tão) amado.

Então era isso, Bingo!

Mas será que eu quero me descobrir? Hey Amanda, não é mais uma opção, porque você está sozinha…Não adianta querer estancar nesse caminho, até porque esse caminho não há mais.

Sabe, acredito que todos temos aqueles monstros terríveis que insistimos muitas vezes em varrer para debaixo do tapete. Nada contra! O que vocês acham que eu fazia até pouco tempo? só que eles ficam ali se debatendo, até te derrubar do tapete e te pegar, uma espécie de bixo-papão da vida real.

Eu ainda não encarei brutamente uma série de coisas que considero monstros, ainda mais esses dois…entretanto as tentativas são factuais e diárias. Agora acordo e ao me olhar no espelho, dou bom dia à solidão e desejo boa sorte ao orgulho. Lido com esses queridos bem melhor, eu sei que não são bons, mas são meus, crias minhas e dessa forma (não ignorando a existência deles) é esse o modo como vivo essa prerrogativa de lidar de frente com os problemas de gente grande.

 

                                                                                               Nana

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