Duas pontas. E em algum lugar, um nó se desata.Num quarto empoeirado, com tintas cor de salmão e decoração antiquada, dois corpos confrontam a realidade.
- Para!
- O que foi dessa vez?
- Você..
(olhares atentos)
- Eu?
- Não, eu… claro que é você.
- Mas sim, o que fiz?
- Vai fazer…
- Vou? o quê?
(risos)
- Vai embora, como das outras vezes. E isso não tem graça!
- Mas eu estou aqui, agora, e não vou a lugar algum, meu bem.
- Já disse isso uma vez.
(ensaio de um abraço)
- Te falei que sou assim, você disse entender.
- Entendia… mas agora não sei. Quer saber? vai, só seja rápido.
- Te ligo amanhã, pode ser?
- Não, fica! Dorme mais… dorme comigo.
- Meu bem, vou parar com essas coisas de amor, não é minha função apaixonar-me por você.
(tirou-lhe o cabelo dos olhos e saiu)
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