Condicional – Los Hermanos ♥
Maria nem prestava mais atenção no que ele dizia. Só conseguia olhar nos 
seus olhos e se preocupar. Dizia e acreditava estar tudo bem, mas de um tempo pra cá levava tudo como podia. Sem resolver os seus amores passados, ficava entre fragmentos de coisas que podiam dar certo e coisas que talvez nem tanto. José era o que podia dar certo. João era o que teve a chance e que lutava por uma segunda, mas talvez nem tanto.
Sabia que tinha a paciência herdada da mãe, mas era geniosa como o pai e que quando sentia esvair a tal calma, não tinha como aquietar até resolver, do seu jeito, o que lhe incomodava. E agora o que lhe roubava os pensamentos eram as incertezas e inseguranças dos dois homens, que a levava a duvidar dos caminhos a seguir.
Agora era o medo de não aguentar o tempo, queria viver José, mas talvez estivessem em momentos diferentes, havia cautela demais. E João… nunca a convencia de suas histórias, lhe fazia sentir quase raiva… Era uma espécie de dança, onde um reinava sobre o erro do outro.
Maria queria quem? Maria queria mais um do que outro, porém, ambos falhavam na medida, demonstravam pouco, talvez até a amassem muito. Ela que não ligava para o que tinham ali dentro, só se importava com que conseguia extrapolar a isso, extrapolar o limites e chegar nela, o tal calor do sentimento.
Enquanto ambos não sabiam da existência um do outro, ela sabia, e embora parecesse uma espécie de corrida, não via como competição, mesmo sabendo que nesse carretel, todos estavam cada vez mais desconexos, ora pela cautela de José, ora pela covardia de João e pela ‘’afobação’’ disfarçada de compreensão da moça Maria.
E ela sentia que nada podia fazer além de cantar baixinho a Oração do Tempo e desejar: “ que venha, sem tanta pressa, sem tanto zelo; Na hora certa, no tempo seu “ João… José…
Nana
P.S: Alan, nomes fictícios, viu?
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