Acordei com uns pensamentos prontos e desconexos.
Pensei nos cílios de Guilherme. Lembrei de um abraço magrelo e depois pensei em "alianças".
Faz uns 9 anos que não vejo o Guilherme, e algumas semanas que não recebo o abraço do meu amigo magrelo. E sobre alianças, há 2 anos joguei a(s) minha(s) fora.
Eu, que não acredito em acasos, tentei entender o que esse emaranhado significava.
Há algum tempo, dei-me de presente um anel muito bacana, que lembra dois outros que já tive. E coloquei na mão direita, naquele dedo, que segundo a convenção social, diz ser um "compromisso". Lembrei então do Guilherme, e das coisas de criança que a gente fazia e que cabiam naquele tempo.
Pensei que as marcas que as outras pessoas e seus relacionamentos deixam, são eternas. São sim, você pode ignorá-las por necessidade ou colocá-las no lugar certo por respeito. Mas fiquei confusa quando pensei: "então se um dia eu exigir um anel de compromisso, como fiz quando tinha 16 anos, vou estar errada??" e veja bem caro leitor, o objeto é um exemplo.
Posso pedir de alguém uma coisa que foi importante para mim em outro relacionamento? estaria eu deixando de ser menos gente grande e me apegando aos meus costumes de outros amores?!
Ainda não tenho a resposta. Não sei se certas atitudes cabem em todos os tempos. Porém, tenho certeza: jogar limões no meu moço enquanto brincamos no muro branco não seria adequado... é, foram os 11 anos mais bonitos de minha vida. Nesse tempo amor era quando o Gui piscava os seus imensos cílios e eu retribuía chutando sua mochila no caminho de casa.
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