Tempo estranho de distância mínima

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Paro e penso que exagero, verbero.

Te provoco ainda mais na esperança de dizer o que é necessário pro meu mundo se acabar.

Mas ele não acaba, continuamos aqui e ali. Separados por um tempo estranho, numa distância mínima. De mim posso dizer que esqueci as medidas, odeio da forma que amo, tenho raiva e tenho amor no mesmo pote.

Se de todas as coisas que a gente aprende vem de grandes ou pequenas decepções, vejo que no meio de um nós, o eu ficou encalhado.

Talvez esquecido no meio de tantos afagos, de poucos lençóis e tantos, e tantas. Mas se algo de bom no meio desse tempo estranho aconteceu, foi talvez de ter encontrado escondida no canto esquerdo do seu quarto, a minha pessoa. Um pouco antes ou depois de eu ter fechado a porta.

Aliás de portas estou entendendo um pouco ultimamente, olhando pra minha… aqui de casa, eu gostaria que ela fosse branca. Pensando na sua, acho que ela vai olhar bem mais pras minhas costas, já que seu canto é seu. Assim como suas coisas e não sinto que caibo em meio à uma nova e possível privacidade, que em minha opinião… não cabe aonde eu planejei coisas pra nós.

No lugar dessas coisas, me encontro mais sozinha. Nesse ponto talvez fosse necessário agradecer, e obrigada.

That now I feel like I don't know you.

Ilustração: Louise Z. Pomeroy (England)

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