Acá estou eu novamente, em mais um ano dando uma de super irmã e cuidando do novo membro da família, que vocês devem conhecer um pouco pelo texto que fiz antes dele nascer. Joaquim.
12h é o horário que ele devia dormir, então deitei na rede tentando fazer isso, porém, as crianças pequenas são complicadas e pro meu desespero ele não quis dormir de jeito maneira. Coloquei-o de pé e ele começou a pular na minha barriga, o que me fez ser derrotada. Levantei.
Gosto de sentar na beira da minha porta, ainda mais com aquela coisa fofa que baba um litro por segundo. Quando o coloquei no meu colo, teve um momento tão fascinante… E geralmente não me impressiono com bebês, nem me comovo muito.
Eu olhei pro Quindim e vi nos olhos dele quase que um pedido. Era como se naquele momento ele dissesse:
- Amanda, aqui é tão colorido e fresco, o mundo é tão novo pra mim e eu tenho tanto pra descobrir, porque você quer me deixar num quarto escuro dormindo?
Foi um estalo e naquele momento eu até me senti uma tola por tentar mantê-lo dormindo pra eu, que estou nesse mundo “colorido e fresco”, fazer minhas tarefas corriqueiras, sem nem notar tudo isso.
Achei interessante essa dualidade de alguém que faz uma pequena revoluçãozinha (mesmo que seja em pé na barriga da irmã) pra tentar sair do casulo e descobrir o mundo e de alguém que quer justamente estar no lugar do outro e dormir pra fugir um pouco desse lugar so cruel.
Um comentário:
Simplesmente chorei! Te amo.
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