nós escrevemos

E tem dias que escrever é um martírio.


A gente olha a folha em branco e começa uma busca infinita por preencher o vazio. Nessa busca vale de tudo pra ajudar: incenso, música, ar fresco, cigarro, cerveja e café.

Quando procuro alguma coisa no meu quarto, me deparo sempre com dois diários na estante. Lendo eu me sinto boba, afinal quando se é (pré) adolescente, os problemões são tão engraçados perto dos que a gente enfrenta depois... Enfim, em meio disso é interessante ver: o que eu faço e sou agora, vem de bem antes, antes mesmo de eu saber.
Hoje é o dia do escritor.
E que petulância me achar escritora. 
Eu escrevo, tu escreves, ele escreve, nós escrevemos, vós escreveis e eles escrevem...
Todos fazemos isso.
Porém, não posso igualar com os que fazem isso com genialidade somado com a simplicidade de um observador da vida , muitas vezes é só o que eles sabem fazer e é lindo, é o melhor.
Em dias que a imagem fala mais que tudo, uma foto vale um texto (essa busca insaciável pela atenção do ser humano), focar e ler até o final qualquer coisa, é uma vitória.
Eu aqui no Nanaland morro de felicidade com o número de visualizações. Saber que alguém se deu o trabalho de pensar junto comigo é encantador, porque pra quem escreve o ponto final é sempre a leitura de outra pessoa.
Somos todos escritores. Outros melhores que os outros, mais ou menos esforçados, mas somos.
Eu sempre escrevi como quem vomita - é meio feio dizer isso - mas sai desse jeito, como algo preso, precisa ganhar vida fora de mim, e só sei fazer com essa combinação de letras que formam palavras e mostram esse reflexo da alma, que não fala mas escreve.

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