Compilação de rascunhos esquecidos

Pra onde vão os rascunhos?

Cada escritor, jornalista ou aspirante com toda certeza tem uma pasta ou algum lugar com seus rascunhos. Quantas vezes já gastei horas escrevendo um post, pra no meio ou no quase-fim ele não ser suficientemente bom pra jogar ao mundo, assim jogo-os ou simplesmente guardo aqui e não o publico nunca mais. Coloco aqui uma sequência sem sentido de alguns deles, pra dizer que num falei de flores.

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Não sei se na maioria do tempo a gente não sabe o que faz ou não sabe se quer mesmo fazer isso

Tem horas que a Terra parece não ser um planeta feito pra funcionar. Com um sistema tão maluco com tanta coisa bonita pra ver, invés de sermos livres e caminharmos procurando a felicidade, temos que nos acorrentar a alguma coisa e acreditar que isso nos leva até a felicidade, ou liberdade.

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Eu nas minhas peraltices de pinta-corta-estica-enrola cabelo, resolvi cortar minha franja. Fui lá, peguei a gilete, e tirei com cuidado do papel, pra colocar na navalha.

Me sentia a cabeleireira até o momento em que não consegui colocar a tal gilete. Pensei “ah! se eu forçar um pouquinho MAS NÃO MUITO, ela entra e eu saio ilesa”. Vou lá, e coloco pressão.

- Ziiip!

Ouvi quando a lâmina atravessou o papel, e também a minha pele. Começo a tremer, pois tenho pa-vor de sangue, dedo na boca, me senti uma vampira sedenta. Não achava algodão, nem esparadrapo, nem ban-aid, nada. Finalmente achei, mas não parava de sangrar. Estanca, estanca, estanca. Me senti uma cirurgiã tentando parar uma hemorragia.

- Meu deus, será que isso leva um ponto. Nunca levei um ponto, agora vou levar um por conta de uma gilete…

Tá, passou. Parou. Só demorei pra parar de tremer um pouco. O resto da noite correu bem.

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