Grande calçada

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Mas deixa eu te contar o quanto que eu sou grande.

Dos passinhos tortos que me trouxeram até aqui na calçada e te atirasse a pedra pra tu descer e eu desabafar.

Do tanto que eu amei e lutei pra ter amor, ao mesmo tempo que tu não entendeu o que é se dar – ou receber alguém - assim de bandeja. Mas foi vendo.

Das vezes que engoli em seco as palavras por bêbe-las como se fossem sempre assim, doces sulcos de verdade.

Não não, tu não sabe como é meu irmão. Viste que ultimamente fui bombardeada, oh. Deram a falar que o que era meu não era meu, que cantava por aí a noite à procura de algo que a dona não dava. Preciso descobrir ainda o que é, me conte.

Mas voltando ao GRANDE.

Pensa que é fácil? Um pote de insegurança não seria o suficiente pra dizer o que tem por dentro de cada mulher. Mas olhe, me visto todinha de bela moça pra lhe impressionar e como diz o sábio…. “é convicção com que o papel é desempenhado que pode levar o jogo certo na mesa certa”. Pero não sei ainda se lhe tem efeito.

Se aprochegue e veja, tenho saído de mim em tantas decisões em teu nome que nem me reconheço mais. Aliás, tenho sido grande em ser pequena. Constantes exercícios de confiança incondicional.

Vamos fazer o seguinte? pense bem meu bem, veja se reconhece a felicidade quando ela está ao seu lado.

A dama que chora que também parece forte e montanhosa, na verdade está aqui na calçada, lhe confessando entre soluços. Não sei se lhe deixo ou se fico na calçada.

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Tra l'ombra e l'anima

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