Eu andava sem coração, o que eu tinha era esse órgão que deixa a gente funcionar todos os dias, todo tempo. Ele batia conforme a responsabilidade, sem muita vontade própria ou alegria. E eu sei porque, porque ele estava em paz, mesmo que em conflito com a tua ausência, eu sempre soube a aceitei que ele estava ocupado e não tinha porque bater acelerado pra qualquer um que aparecesse.
Pois bem, quebrei mais uma promessa em teu nome e procurei-te por aí. Achei, como sempre.
Meu coração acelerou com sua voz, e me senti de verdade viva de novo, porém os motivos que meu coração encontrou para acelerar logo se transformaram em razões para essa dor aqui, que deixa tudo tão cinza. Você sumiu e voltou pra dizer que não ia mais ficar.
Acho que então você não aprendeu muito comigo, meu bem. Eu estava aqui e até o fim ficaria, porque no fim somos nós mesmo. Você podia não escolher, mas não. Então, meu amor, talvez seja a minha hora de dar adeus também, tocar o barco sem teu norte.
Eu disse “adeus” e você disse que é muito forte, eu disse que “até” é muito próximo e então ficamos assim, sem ficar. Esses nossos universos só se encontraram uma vez e até pareceu suficiente, mas dizem que tudo tem um fim e esse talvez seja o definitivo.
2 comentários:
:'(
Seguir em frente é libertador. Siga em frente! Dar adeus é gratificante, na maioria das vezes. pelo seu próprio bem.
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