Em tempos de decisões eu resolvi revisitar o sentimento. Nem parece que foi há uma semana atrás que eu disse adeus e você quis o até logo. Parece que faz anos.
Lembro de uma foto que vi há uns dois. A imagem mostrava uma camisa no varal de uma casa, uma casa vazia e apenas a roupa pendurada. A foto demonstrava pressa, e era isso mesmo. O contexto era a cheia do rio e os moradores saíram dali correndo, mas com a quase confortável certeza de que o rio secaria e em breve a casa seria retomada. Deixa essa camisa então.
Talvez no nosso amor eu tenha deixado você fazer de mim a sua casa inundada, com a ideia de que eu sempre aceitaria as retomadas. Sua roupa estava sempre aqui, te esperando. Dessa vez parece diferente, parece que você saiu com pressa e quis deixar a roupa, mas não deu tempo porque o rio foi mais rápido e levou e cobriu o teto e quase não tem mais casa.
De tanto ficar vazia, eu fiquei cheia de você e suas particularidades. Revisitei o sentimento hoje para perceber que sou só uma visita-nã0-residente e que consegue sim reparar na bagunça.
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