Trilha do Perdido,

Minus The Bear – Pachuca Sunrise

190770_195423880490036_184208478278243_522431_354817_nE falava com prazer de mudanças comportamentais e não percebia o peso de ambas as palavras. Fazia questão de ser opinativo, sempre muito genioso, no entanto… tropeçava ao achar que suas decisões – e a falta delas – deviam ser simplesmente depositadas num recipiente chamado: MUNDO, e ali serem esquecidas.

Dizia que estava confuso, que sentia incompleto, que algo faltava. Faltava-lhe o tato, este, necessário para perceber que a sua revolução vazia tinha motivos vãos e que despejando sua vitalidade na revolta era perca de tempo. A rebeldia era sem causa.

Nessas crises, se achava muito dono de si e da verdade. Não se importava em procurar no balde MUNDO alguma das respostas que precisava para atender seus anseios. Engolindo a sabedoria sem digeri-la, se lamentava pelas atitudes alheias, reflexos seus, de sua inércia.

Ele não aprendia, não sentia sua tendência a complicar, apenas afastava as soluções, mesmo que de seus problemas imaginários. O que ele precisava mesmo, era perceber que o mundo vai além de um depósito, pode e está aqui, e serve também para ajudar a quem nele deposita toda sua angústia. Ainda assim, Ele não era de todo mau, só era daqueles que fazia questão de caminhar na trilha dos perdidos, opção sua.

 

                                                                                                     NANA

2 comentários:

Lucas Araújo disse...

Textos, um espelho dos outros em si ou o si no espelho dos outros?

Fez-me lembrar de quando me dizem "intenso" e eu me pergunto se sabem o que é isso. :)

Nanapocket disse...

um espelho do outro em mim, esse foi o caso. É um texto resposta-descrição pra alguém que me fez de Mundo, sem mais.