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Minas com Bahia – Daniela Mercury e Skank

406147_313893778643045_184208478278243_990993_1310359967_nObservando as redes sociais, principalmente o Facebook e a sessão de compartilhamentos que me cercam nesse mundo virtual, notei que além de serem viralizadas grandes tolices, são viralizadas coisas que denigrem gostos musicais, bandas, e certos tipos de culturas.

Não entendo a necessidade de tanto se divulgar o que não se gosta.

Se pudesse escolher um ramo de trabalho, seria com absoluta certeza o ramo cultural, focado basicamente no POP. Acho interessantíssimo a forma que o povo se expressa e massifica as coisas. Partindo disso, é um ponto interessante observar o modo como a própria população reage à sua cultura popular, por isso me sinto na obrigação de comentar essa nova maneira de levantar uma bandeira vazia contra alguma coisa.

Voltando a questão virtual, falo de coisas como: “a cada compartilhamento, um fã de Restart é esfaqueado” ou uma imagem do ícone do Funk americano dizendo “o Rio estragou o meu funk”. Sinceramente, não valorizo o Happy Rock e muito menos o Funk Carioca, mas se isso não é de meu interesse (e não me importa), qual a função lógica de expressar esse “desvalor” ?

Estão perdendo o tempo escolhendo e apontando (e principalmente mostrando) o que não lhe interessa, pra quê então dar tanta atenção? irônico, não?

Acho ridículo desmerecer o Funk Carioca, acho patético rotular os fãs de Restart, principalmente por se tratarem de pré-adolescentes em formação, sendo assim esponja de tudo que está em evidência, vítimas do consumismo.

Tudo tem um mérito, pesquise a origem do Funk Carioca, veja o que ele procurava e procura expressar. E se te preocupa o que os proibidões dizem nas letras, pense no que aquela população é submetida: falta de educação, falta de lazer e negligência por parte dos políticos. Se acha “o passinho” ridículo, volte na falta de lazer e some com uma penca de pessoas como eu e você, que querem mostrar que são boas em alguma coisa, mesmo que seja mexer os pés na velocidade 3.

Eu respeito muito tudo isso, tudo me serve como uma forma de expressão diferente. As pessoas não veem o contexto das coisas, é muito fácil dizer que o funk não tem letra, ou que a forma de se vestir do Restart é ridícula, mas isso tudo é uma espécie de resultado de uma evolução. O funk agora é “imoral” e o rock agora é “alegre”, são coisas da vida, culpa da massa, resultado de anos de sexo implantado na televisão e uma forma dos adolescentes sem muita experiência falarem de amor com uma bateria e guitarra no meio.

Ressaltar o que não se gosta só para criticar é sinal de falta de conteúdo de quem o faz. Por essas e por outras eu repito:

“ Qual a diferença entre o charme e o funk? UM anda bonito e o OUTRO elegante”

Viva e respeite a porra da diversidade cultural!

 

                                                                                                             Nana

Um comentário:

Anônimo disse...

"Art. 220º A manifestação do pensamento, a criação, a EXPRESSÃO e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto NESTA CONSTITUIÇÃO"

"...IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;..."

Entendeu a necessidade?