Procurando a descoberta;

dorsey-paul-writer-niven-busch-lying-on-sofa-with-newspaper-over-his-face-as-he-takes-nap-from-screenwriting

dorsey-paul-writer-niven-busch-lying-on-sofa-with-newspaper-over-his-face-as-he-takes-nap-from-screenwriting

Me peguei lendo os textos que tu escreveu.

Li quase todos. Li até minha consciência individualista obstruir:

- Não leia todos os textos dele.

- Ué, qual problema? – disse eu à voz da esperteza.

- Você não vai deixar espaço para a tua descoberta.

E ela/eu tinha razão. Eu sempre escrevi e sei, quem escreve “vomita”, como costumo dizer, coisas suas sem perceber percebendo.

Vasculhar de cabo à rabo a semiótica daquelas palavras não surtiram os efeitos planejados. Estaria eu sendo invasiva? odeio ser invasiva. Mas afinal, qual era o problema de completar a coletânea?

Certo leitor, eu confesso que o que li me deixou apreensiva. Será mesmo que alguém vive exatamente como escreve? isso parecia fadado a dar errado e nisso talvez a minha consciência tenha sido sagaz. Tinham em suas palavras aqueles casos de muito amor pra dar e não só pra um/mim, e sim pr’um mundo. Mas eu estou aqui para discordar, discordar até do dono dos textos!

Eu não vou procurar a descoberta, nem vou brechar as (já) antigas mesmices que contara aos quatro ventos, meu bem. Vou discordar de teus próprios conceitos de ti, esses tortos. Vou elaborar teorias íntimas desconsiderando teus erros e talvez faça como tu depois, escreverei textos sobre como tudo foi tão bom ou tão bom pra aprender.

2 comentários:

Anaís disse...

tão bem escrito!

Deixar de lado os "achismos" alheios e fazer sua próprias descobertas sem se deixar afligir pelo passado é um processo difícil, daqueles que a briga é "você X você".
E é uma bela coragem deixar tudo de lado pra poder viver.
Sei que você vai se dar bem ;)

Nanapocket disse...

Obrigada Anaís!
Estou exercitando essa coragem, espero ser feliz no processo, que creio eu, não tem fim ;)